Esta estratégia, continuou o articulista, foi desenvolvida pela jornalista norte-americana Amanda Ripley, que acredita que os profissionais dos “media” devem ter em conta todo o tipo de opiniões, dando-lhes atenção e “tempo de antena”.


O método de Ripley chegou a ser testado numa edição do programa “60 Minutes”, do canal CBS, focado na polarização das ideologias dos cidadãos norte-americanos.


Apesar de ter sido um fracasso a nível de audiências, que consideraram o episódio "monótono", a técnica foi elogiada pela moderadora do debate Oprah Winfrey, que se disse impressionada pelo seu “desfecho tranquilo”.


Isto aconteceu, explica Castilho, porque a “complicação da narrativa” tem a capacidade de “acalmar os ânimos”, uma vez que contextualiza o discurso dos participantes.


Por isso mesmo, Castilho convida todos os jornais brasileiros a adoptarem esta estratégia, para que os “media” não sofram as consequências da radicalização ideológica, num período crucial para vida política no Brasil.