Por outro lado, esta necessidade de interligação resultou, igualmente, na criação de “workshops” de apoio ao jornalismo, que visavam capacitar os profissionais com ferramentas de análise de dados, para analisarem as preferências da sua audiência.


É esse o caso da Digital News Initiative, um projecto lançado pela Google, com o objectivo de criar uma “aliança para apoiar o jornalismo de alta qualidade na Europa, através da tecnologia e inovação".


Este tipo de projectos resulta, consequentemente, em novos conteúdos de qualidade, que a Google e o Facebook podem partilhar nas suas plataformas agregadoras, e com os quais podem lucrar.


Ainda assim, estas plataformas “online” continuam a ser acusadas de não assumirem responsabilidade suficiente no combate às notícias falsas, apesar de beneficiarem de uma posição privilegiada no âmbito noticioso.


Posto isto, o jornalismo fidedigno e de qualidade está a reconquistar a sua importância aos olhos dos cidadãos, que encaram as redes sociais como “antros de desinformação”, cujos algoritmos reforçam as nossas próprias crenças e ideologias, sem apresentar o “contraditório”.


Desta forma, Magallón acredita que os “media” têm a oportunidade de tomar as rédeas nesta relação de dependência para com as redes sociais e plataformas tecnológicas.


Para alcançar este objectivo,  terão que recuperar a confiança dos leitores, explicar e potencializar o valor agregado que os “media” têm para os anunciantes, além de promoverem uma esfera pública bem informada e menos polarizada.


Com estes três eixos -- considerou Magallón -- poderemos adivinhar algumas das dinâmicas entre plataformas “online” e “media” nos próximos anos.