Os vídeos que são partilhados “online” têm maior influência na polarização da sociedade, do que os conteúdos que são apresentados nos telejornais, defendeu Ariana Pekary num artigo publicado no “site” da “Columbia Journalism Review”.
Segundo apontou Peraky, isto acontece porque se, na televisão, os produtores têm que seleccionar conteúdos conforme as diferentes regulamentações, o mesmo não acontece nas plataformas “online”, onde todos os vídeos são “bem-vindos”.
Neste sentido, Peraky fez uma análise comparativa entre os vídeos que foram partilhados durante um telejornal da CNN, e os conteúdos publicados nas plataformas “online” daquele canal, com destaque para o YouTube.
Assim, Peraky conclui que, enquanto o telejornal apresentou reportagens diversificadas e informativas, o YouTube da CNN deu destaque a temas controversos, com o objectivo de captar as audiências.
Mais concretamente, em 24 horas, a CNN publicou 14 vídeos no YouTube. Conforme apontou a autora, um desses vídeos dizia respeito à Cimeira do Clima, enquanto outros dois falavam das relações diplomáticas entre a China e o Taiwan.
Contudo, continuou a articulista, os restantes “posts” estavam relacionados com declarações polémicas de Donald Trump e com as “teorias da conspiração” sobre a covid-19 o que, para Peraky, tem um efeito polarizante na sociedade.
Novembro 21
Perante este cenário, a autora sublinha que os cidadãos deverão dar prioridade a outras fontes noticiosas, já que, por norma, os produtores responsáveis pelas redes sociais de canais informativos não estarão tão preocupados com a curadoria de conteúdo.
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