No entanto, qualquer jornalista que procure incorporar a verdade de um “true crime” nalguma construção narrativa, deve confrontar-se com um risco moral. Isto porque, quanto mais lúdica for a história, mais subalternizadas ficam as vítimas.


Da mesma forma, recordou o autor, estas narrativas tendem a favorecer certos tipos de personagens (mulheres brancas enquanto vítimas, por exemplo) e a exclusão de outras.


Contudo, há uma vantagem notória do actual “boom” da reportagem criminal, já que esta tendência veio criar espaço, procura e reconhecimento para escrever sobre o crime mais representativo, e que pode alterar a percepção do público perante determinados segmentos da sociedade.


O jornalista criminal tem, agora, a oportunidade de alterar o “status quo” da narrativa.


Este perfil de jornalismo tem, também, os seus seguidores em Portugal, designadamente no âmbito da imprensa tablóide.


Leia o artigo original em “Crime Reads”