Quando a Inteligência Artificial está ao serviço de jornalismo
As tecnologias à base de inteligência artificial estão a tornar-se ferramentas essenciais para a criação de artigos jornalísticos, ao ajudarem os profissionais a encontrar fontes e a acompanharem o desenvolvimento de determinados eventos ao longo dos anos.
Contudo, o acesso à inteligência artificial é uma manifestação das desigualdades entre as redacções, já que nem todos os jornais têm recursos financeiros suficientes para investir no seu desenvolvimento tecnológico, apontou Lívia Vieira num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Baseando-se num estudo publicado pelo Tow Center da Universidade de Columbia, Vieira recordou que este tipo de desigualdade não é uma novidade no sector dos “media”.
A autora recorda, por exemplo, que, na década de 1960, o “New York Times” estabeleceu uma parceria com a IBM, para desenvolver o sistema ELIZA.
Entre 1964 e 1996 uma equipa de especialistas seleccionou a notícia mais importante de todas as edições, desde 1851, e foi alimentando a máquina com as manchetes.Com a tarefa terminada, bastava que os jornalistas escrevessem uma determinada data num cartão, para terem acesso ao artigo de maior destaque desse mesmo dia.
Fevereiro 21
É importante sublinhar, contudo, que esta tecnologia ficou reservada a um dos jornais mais populares de sempre.
Vieira recorda que este diferenciamento continua a existir, um pouco por todo o mundo.
Assim, a autora reitera, com base no estudo do Tow Center, que, mais importante do que conhecerem as novas tecnologias, os jornalistas devem ter a capacidade de desenvolver ferramentas de inteligência artificial para o seu local de trabalho.
Só desta forma conseguirão ultrapassar-se as desigualdades no acesso à informação, tendo em vista a democratização do jornalismo.
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