E a história era sobejamente complexa.
De facto quando Roy tinha 12 anos, foi abusado nas casas de banho públicas no centro da cidade. Nos meses seguintes, foi alvo de uma série de agressões sexuais por um grupo de homens.


Contou, então como tentou suicidar-se por várias vezes, sofreu de problemas de saúde mental, entregou-se ao álcool e começou a usar drogas. Em 2016, teve a coragem de apresentar queixa à polícia.

Conseguiu identificar alguns dos agressores, mas a investigação que se seguiu e durou um ano não deu em nada, aparentemente por "falta de provas".


No seu relato, feito sob anonimato, Roy disse à jornalista, que havia decidido abordar o jornal em parte porque precisava de fechar o assunto,  agora que se sentia suficientemente forte para falar.

Embora constassem rumores da existência de um gangue de pedófilos em Fermanagh, o relato constituia o primeiro rtestemunho com pormenores verificáveis, para o jornal se sentir suficientemente confiante para publicar a história.


Essa publicação foi a primeira de uma serie de reportagens, nas quais o jornal investigou mais de 50 alegações de abuso sexual em todo o condado.


Nos últimos seis meses, muitas foram as primeiras páginas do Repórter Impartial  dedicadas a histórias perturbadoras com segredos antigos.


Todos os casos estão agora sujeitos a uma grande investigação do Serviço de Polícia da Irlanda do Norte (PSNI), enquanto a população já se manifestou em frente à esquadra de Enniskillen, para exigir justiça para as vítimas de abuso sexual. 


Para o director do jornal "houve uma resposta extremamente positiva ao que relatamos". O
seu trabalho recebeu apoio em toda a Irlanda e eseve na origem de um documentário para a BBC Ulster. Assim se prova como a imprensa local pode ganhar uma inesperada visibilidade, quando se ocupa de problemas sérios da sua comunidade.


Mais informação em The Guardian