Além disso, ressalva o autor,  ao contrário da “censura má” --  praticada “por um coronel equipado com o célebre lápis azul” --  na “censura boa”, as estruturas de “verificação de factos” serão implementadas por jornais “devidamente registados”: “Acção Socialista”, órgão oficial do PS, “Avante”, do PCP, e “Povo Livre”, do PSD.


Ademais, as queixas sobre “notícias falsas” serão analisadas por uma “entidade fidedigna" com “estatuto de utilidade pública” aplicado pelo Governo “que terá a seu cargo consagrar -- ou não -- com um selo de credibilidade a coisa publicada e quem a publica”, sublinha Barata-Feyo.


Assim, o autor considera que “esta lei, que parece caída do céu”, “em nada deslustra o Dr. Salazar”, apesar de ter resultado de uma intenção europeia de “combate contra a desinformação”.