Projecto de literacia mediática em nome do jornalismo
Estes influenciadores digitais comunicam com vários nichos e “formam o grupo com maior poder de alcance, actualmente. São nativos digitais e entendem esse ambiente melhor do que ninguém”.
Desde a sua fundação, o Redes Cordiais realizou “workshops” em cinco cidades brasileiras e formou 136 profissionais, desde celebridades a deputados federais. Nos trabalhos, que duram cerca de seis horas, os formadores instruem sobre desinformação, temas jurídicos, liberdades e responsabilidades, além de comunicação não-violenta.
Os professores começam, também, a ser uma prioridade, não fossem eles os formadores do futuro. O EducaMídia é apenas um exemplo dessas iniciativas, que ajudam os docentes a desenvolver as capacidades necessárias para “aceder, analisar, criar e participar de maneira crítica no ambiente informativo”.
A educação mediática nas escolas ajuda a valorizar o jornalismo e a garantir que, no futuro, se continuem a consumir notícias.
“O fenómeno da desinformação vem acompanhado da descrença no jornalismo profissional. Além da crise do sector, sentimos um decréscimo na credibilidade e legitimidade no jornalismo brasileiro", diz Patrícia Blanco, directora do projecto. Para Blanco, é necessário ajudar os cidadãos a construírem uma visão crítica do jornalismo, para que possam questionar o que lêem e valorizar a imprensa.
"Se não mostrarmos às novas gerações a importância do trabalho jornalístico para o regime democrático, é possível que não tenhamos leitores, ouvintes e telespectadores no futuro".