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Projecto de “fact-checking” para público hispânico
Perante a crescente vaga de desinformação dirigida aos cidadãos de origem latina nos Estados Unidos, um grupo de jornalistas criou a “Factchequeado”, que pretende desmistificar notícias falsas em espanhol.Em entrevista para o “Nieman Lab”, as fundadoras do projecto, Laura Zommer e Clara Jiménez Cruz, explicaram que lançaram esta iniciativa após verificarem novas tendências de “fake news”.“Nos países hispânico, a desinformação é partilhada de forma diferente, e aborda tópicos específicos, de forma a alcançar determinadas comunidades” disse Jiménez. “Por isso, quisemos aplicar algumas estratégias nos Estados Unidos, de forma a proteger os cidadãos de origem latina noutras partes do mundo”.“Até porque – continuou Jiménez – a desinformação não tem fronteiras. Assim, as ‘fake news' criadas nos Estados Unidos chegam a Espanha e à América Latina, e vice-versa”.Além disso, as responsáveis notaram que, na maioria dos casos, as grandes empresas tecnológicas limitam-se a verificar factos em língua inglesa. Por isso mesmo, quiseram criar uma nova iniciativa que servisse os interesses de outros cidadãos e comunidades.“Outro dos nossos objectivos é que as plataformas comecem a prestar atenção a desinformação em língua espanhola, que chega aos Estados Unidos. Isto vai beneficiar os cidadãos hispânicos longo prazo”, acrescentou Jiménez.
Maio 22
Neste momento, a “Factchequeado” conta com uma equipa de cinco jornalistas, que começou a estabelecer acordos com outras associações de “fact-checking”, de forma a partilhar relatórios de desmistificação junto de uma grande audiência.
Por ter poucos membros e recursos limitados, a “Factchequeado” escolhe as notícias falsas a serem analisadas com base no seu “nível de perigo” e “número de partilhas”. Depois, a equipa dedica-se à redacção de textos sucintos, que desmintam os dados falsos de forma rápida e atractiva.
Além disso, a “Factchequeado” quer continuar a ouvir o seu público-alvo, de forma a adaptar o “modus operandi” aos interesses das comunidades.
Por ter poucos membros e recursos limitados, a “Factchequeado” escolhe as notícias falsas a serem analisadas com base no seu “nível de perigo” e “número de partilhas”. Depois, a equipa dedica-se à redacção de textos sucintos, que desmintam os dados falsos de forma rápida e atractiva.
Além disso, a “Factchequeado” quer continuar a ouvir o seu público-alvo, de forma a adaptar o “modus operandi” aos interesses das comunidades.
