Marcelo Rebelo de Sousa tem vindo a distanciar-se do Acordo e admitiu, em declarações feitas em Moçambique, que, caso este país e Angola não ratifiquem o documento, isso será "uma oportunidade para repensar a matéria".


Em contrapartida, o governo do primeiro-ministro António Costa não tem manifestado abertura relativamente à revisão do Acordo, tendo recordado através do Ministro dos Negócios Estrangeiros que o documento já foi subscrito por três países lusófonos, a saber, o Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.


O certo é que a aplicação das novas regras do Acordo Ortográfico tem suscitado abundantes dúvidas, mesmo por parte de reputados linguistas, a que se junta agora a própria Academia das Ciências, através do seu presidente, Artur Anselmo, que acha que há “coisas incompreensíveis e inaceitáveis” no referido Acordo e, ao citar o Presidente da Republica, recorda que “não há afecto mais forte do que o da língua”.