A questão  - conforme explica -  é que a própria desinformação se vai recliclando online quando há notícias de última hora. Algumas das identificações incorrectas do tiroteio em Parkland, na Florida, eram idênticas a outras que têm passado em quase todos os atentados semelhantes, assim como as mesmas imagens circulam de cada vez que há um furacão. 

“Mas adquirem um seguimento maciço, e a maior parte das redacções não está preparada para lidar com elas.” 

Nesta linha de pensamento, Daniel Funke propõe uma lista de conselhos a seguir para que os jornalistas saibam como conter estes fenómenos. 

Os primeiros tratam dos modos de identificar e conhecer as fontes mais habituais de desinformação  - no caso citado as teorias de conspiração -  e usar nesse espaço as ferramentas já existentes para denunciar falsidades e boatos. 

E citando Jane Lytvynenko, uma repórter de BuzzFeed News

“Leva muito menos tempo denunciar mistificações do que verificar informação autêntica. Portanto, em termos de eficiência, sempre que veja qualquer dessas coisas a circular, se aprender a usar as ferramentas e a denunciá-las logo de princípio, é por aí que pode começar.” 

Dá, depois, conselhos sobre o treinamento dos jornalistas no uso das redes sociais e na pesquisa de boatos e desinformação  -  incluindo possíveis situações em que um dos membros da redacção é, ele próprio, alvo de agressão online

O último conselho é revelador: 

“Preste atenção à desinformação proveniente de políticos e outros dirigentes públicos. Por vezes são eles mesmos que amplificam os boatos ou conspirações que encontram nas redes sociais, antes de receberem informação confirmada.”

 

O artigo citado, na íntegra, no Poynter.org.