Prémio Nobel da Paz atribuído a jornalistas pela salvaguarda da liberdade de expressão…
Os jornalistas Maria Ressa e Dmitri Muratov foram distinguidos, “ex-aequo”, com o prémio Nobel da Paz, "pelos seus esforços de salvaguarda da liberdade de expressão”.
"A senhora Ressa e o senhor Muratov recebem o Prémio Nobel da Paz pela sua corajosa batalha pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia", disse Berit Reiss-Andersen, do Comité Nobel norueguês. “Da mesma forma, estes profissionais representam os jornalistas que lutam por este ideal, num mundo onde a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas”.
Neste sentido, Reiss Andersen alertou que "sem liberdade de expressão e liberdade de imprensa, será difícil promover com sucesso a fraternidade entre nações, o desarmamento e uma ordem mundial melhor para ter sucesso no nosso tempo”.
"O Jornalismo livre, independente e baseado em factos é uma protecção contra os abusos de poder, a mentira e a propaganda de guerra", assinalou, ainda, o Comité Nobel, que se afirmou "convicto de que a liberdade de expressão e a liberdade de informação ajudam a formar um público informado.
São direitos "cruciais" para que haja protecção "contra a guerra e o conflito".
O jornalista russo Dmitry Muratov é um dos fundadores do jornal russo “Novaya Gazeta” e distinguiu-se, ao longo do seu percurso profissional, por “defender a liberdade de expressão na Rússia”, enfatizou o júri do Nobel.
Já Maria Ressa, de 58 anos, que co-fundou o jornal de “investigação Rappler” tem desempenhado um papel essencial na denúncia de “abusos de poder e crescente autoritarismo no seu país natal, as Filipinas”.
Outubro 21
Tanto o governo russo como o governo filipino impõem restrições ao funcionamento livre da imprensa, através da perseguição de jornalistas independentes, e encerramento de redacções.
Como tal, as Filipinas e a Rússia encontram-se em 138º e 150º lugar, respectivamente, no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, num total de 180 países.
O Prémio Nobel da Paz vai ser entregue no dia da morte de Alfred Nobel, a 10 de Dezembro, em Oslo, na Noruega. Os laureados receberão dez milhões de coroas suecas (quase um milhão de euros), além de um diploma e de uma medalha.
Este ano, houve registo de 329 candidatos ao galardão, dos quais 234 eram pessoas individuais e 95 organizações. Contudo, nem os nomes dos nomeados nem de quem os propôs a nomeação são divulgados até que passem 50 anos.
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