Portugueses lêem menos jornais e livros mas frequentam mais museus e cinema

Segundo os números apurados pelo Instituto Nacional de Estatística, “em 2016 existiam 1.271 publicações periódicas, com 420,5 milhões de exemplares de tiragem total e 322,2 milhões de exemplares de circulação total, dos quais foram vendidos 192,9 milhões de exemplares”. (…)
“Os jornais representavam 34,9% do total de publicações, concentrando 76% do número de edições, 74,1% da tiragem total, 74,9% da circulação total e 73% dos exemplares vendidos. Por seu lado, as revistas correspondiam a 48,6% dos títulos, 18,9% das edições, 23,6% da tiragem total, 22,1% da circulação total e 25,5% da circulação paga.” (…)
Quanto ao suporte, a maior parte (61,1%) das publicações periódicas em causa saiu em papel, estando em simultâneo no meio digital (38,9%). O INE destaca que “este tipo de suporte de difusão [digital] tem vindo a ganhar uma importância crescente”, passando de uma representatividade de 19,4% em 2007, para 30,7% em 2011 e para 38% em 2015. (…)
No que diz respeito aos espectáculos ao vivo, foram mais 18,8% os portugueses que assistiram a, pelo menos, um evento deste género. No total, em 2016 foram 14,8 milhões os residentes em Portugal que assistiram a espectáculos ao vivo, o que fez as receitas de bilheteira subirem 42,6%, para os 85 milhões de euros.
Com tendência crescente está também o número de visitantes de museus que, no ano passado, subiu 1,9 milhões, para os 15,5 milhões de visitantes. Destes, o INE destaca que 1,5 milhões foram visitantes estrangeiros. Em rota crescente temos ainda o sector cinematográfico. No ano passado, 15 milhões de portugueses foram ao cinema pelo menos uma vez, o que se traduz num aumento de 3% face ao ano anterior, ficando as receitas de bilheteiras nos 77,2 milhões de euros.
Em termos de percentagem da população portuguesa, 67,2% dos portugueses assistiu, em 2016, a pelo menos um espectáculo ao vivo, 46,4% visitou, pelo menos uma vez, museus, monumentos ou galerias de arte, e 45,6% respondeu ter ido, pelo menos, uma vez ao cinema.
O que recolhe menor preferência é mesmo a leitura de livros: só 38,8% dos portugueses respondeu ter lido pelo menos uma obra literária em 2016.
Mais informação no Observador , cuja imagem, da Lusa, aqui reproduzimos