Portugueses entre os europeus que mais confiam nas notícias

O mesmo texto de sumário e conclusões principais revela que só um quarto (24%) dos que responderam ao inquérito acham que as redes sociais fazem bom trabalho na distinção entre facto e ficção, em comparação com os 40% que acreditam mais nos meios noticiosos. Os dados qualitativos sugerem que “os utentes sentem que a combinação de falta de regras e de algoritmos virais encorajam a baixa qualidade e a proliferação rápida das fakenews”.
Outra informação surpreendente é a de que “os smartphones são agora tão importantes para as notícias dentro de casa como fora; a maior parte dos utentes de smartphones (46%) abre as notícias na cama, em vez de usar o aparelho na viagem para o trabalho”. (...)
“Quanto às assinaturas de notícias online, temos assistido a um substancial Trump bump nos Estados Unidos (de 9% para 16%), com um triplicar de doações aos meios noticiosos. Muitos destes novos pagamentos vêm dos jovens, o que é um correctivo forte à ideia de que os jovens não estão preparados para pagar por meios online, menos ainda por notícias.”
Segundo artigo da Lusa, que agora citamos, “quase um terço da amostra (29%) afirma que evita as notícias frequentemente ou por vezes e, destes, quase metade (44%) diz fazê-lo porque as notícias têm um efeito negativo no seu humor e um terço (33%) diz que não confia na sua veracidade”.
“O estudo revela ainda que, em Portugal, as três marcas offline mais usadas como fonte de notícias são a SIC, a TVI e a RTP, enquanto no online as mais citadas são o Notícias ao Minuto, o Sapo e a SIC Notícias.”
“O relatório traça também o perfil de tendência política dos respondentes relacionando-o com os órgãos de comunicação social, concluindo, por exemplo, que o Diário de Notícias é mais lido por pessoas com tendência ideológica mais de esquerda, enquanto o Observador é mais lido por pessoas com tendência mais de direita.”
O Digital News Report 2017 é baseado num inquérito online feito a 70.000 pessoas, de 36 países, em cinco continentes.
Mais informação na notícia da Lusa e no texto de apresentação do Reuters Institute, que contém o link para acesso ao relatório na sua totalidade, em PDF. O mesmo tema em NiemanLab e no European Journalism Observatory