Nos dois casos, as quedas registadas ainda não foram compensadas pelas assinaturas nem pela publicidade em   ambiente digital.  Por isso, muitas empresas decidiram apostar na estratégia de vender notícias online, para ultrapassar esse obstáculo.

Ao recorrer ao Digital News Report, citado pelo autor, pode verificar-se que o crescimento de utilizadores pagantes aconteceu apenas na Noruega e na Suécia. À pergunta sobre que serviços pagos assinariam se só pudessem escolher um, a grande maioria dos inquiridos respondeu que preferiam pagar por música ou filmes e não por notícias.


O investigador do Instituto Reuters, Richard Fletcher, declarou ao jornal que, “há poucos anos, a preocupação era saber se as pessoas algum dia pagariam por notícias. Agora, é saber se haverá interessados suficientes que vão pagar.”


Os utilizadores em Portugal estão entre os que menos pagam por jornalismo na Internet.

João Pedro Pereira salienta o perfil do leitor, definido pelo Instituto Reuters, onde é revelado que “quem tem mais propensão a fazer uma assinatura de um site informativo são aqueles que têm mais habilitações académicas e mais rendimentos”.


A confirmar-se esta situação, os seus efeitos “são difíceis de antecipar, e irão variar consoante os contextos, mas as sociedades em geral beneficiam de ter uma população bem informada que seja capaz de tomar decisões políticas bem informadas.”

 

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