“Podcasts” regulares são nova tendência do mercado noticioso
A pandemia veio alterar os hábitos de consumo noticioso um pouco por todo o mundo, com os cidadãos a demonstrarem um interesse crescente em manterem-se a par dos últimos desenvolvimentos.
Com isto, registou-se um crescimento exponencial do tráfego “online” e, mais notavelmente, das audiências dos “podcasts” noticiosos diários, recordou um estudo do Reuters Institute, que analisou a popularidade destes produtos em seis países -- EUA, Reino Unido, França, Austrália, Suécia e Dinamarca.
O relatório demonstra que, apesar de os “podcasts” noticiosos comporem, apenas, 1% de todo o universo áudio, são ouvidos por cerca de 10% dos consumidores assíduos destes produtos.
Alguns destes “podcasts” chegam, mesmo, a atrair mais público do que as edições impressas dos jornais. Por exemplo o “The Daily”, do “New York Times”, é ouvido, diariamente, por quatro milhões de cidadãos.
Isto veio impulsionar novos investimentos de empresas mediáticas. Os operadores públicos da Dinamarca e da França lançaram projectos diários, competindo com “publishers” privados, como a News Corp, na Austrália.
Para já, estes “podcasts” noticiosos inserem-se numa de quatro principais categorias: um “deep dive” num tema específico; uma conversa casual sobre os principais acontecimentos; um resumo conciso dos tópicos do dia; e um “micro boletim” destinados às “apps” de “streaming”.
Novembro 20
De acordo com o relatório, os “publishers” consideram que estes produtos são uma ferramenta eficaz para atrair um público mais jovem e para aumentar a percepção de confiabilidade.
Isto acontece porque, normalmente, as empresas de “media” tentam encontrar um apresentador “ideal”, que consiga estabelecer empatia com o público, e que crie uma identidade de marca. Esta característica é, particularmente, importante nos “podcasts” de longa duração.
Os “podcasts” começam, também, a criar novos postos de empregos nos “media”, já que a sua produção exige a colaboração de vários profissionais.
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