Pesquisa revela partilha de informações falsas na imprensa dos EUA
A grande quantidade de desinformação que circula “online” obriga os jornalistas a analisarem, em profundidade, os dados que pretendem partilhar com o público.
Aliás, uma pesquisa da Pew Research Center, que contou com a participação de 11 mil jornalistas norte-americanos, revela que a grande maioria dos profissionais se depara com “fake news” sempre que está a desenvolver um determinado artigo.
Neste contexto, cerca 26% dos jornalistas inquiridos dizem ter partilhado informações falsas, sem ter conhecimento disso à época da publicação.
Isto parece ser uma consequência da utilização generalizada das redes sociais enquanto fonte noticiosa, com 94% dos profissionais a afirmarem que estas plataformas são essenciais para a realização das suas funções.
O estudo revela, ainda, que, perante a actual realidade, os profissionais dos “media” tiveram de adoptar novas ferramentas, de forma a condicionar a partilha de notícias falsas, que podem prejudicar a vida dos cidadãos.
Por exemplo, no contexto político, cerca de 64% dos inquiridos consideram essencial denunciar as declarações enganosas proferidas por membros de movimentos ideológicos.Ademais, verifica-se uma alteração nas práticas profissionais, com cerca de 55% dos jornalistas a afirmarem que os diferentes partidos políticos não merecem o mesmo nível de atenção mediática.
Junho 22
Estes colaboradores reconhecem, no entanto, que esta prática pode resultar no aumento do cepticismo do público quanto ao trabalho desenvolvido pela imprensa.
Independentemente disso, a pesquisa revela, por outro lado, que sete em cada dez jornalistas entrevistados dizem que estar "muito" ou "relativamente" satisfeitos com seu trabalho.
Além disso, cerca de metade dos jornalistas dizem que seu trabalho tem um efeito positivo no seu bem-estar emocional.
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