“Paywall” como nova tendência para impulsionar comunicações
A crise dos “media” tem vindo a impulsionar várias mudanças no “modus operandi” das empresas de comunicação social.
Estas “metamorfoses” verificam-se na forma de informar, de estabelecer relação com os leitores e, especialmente, no modelo utilizado para a monetização do negócio.
Neste contexto, a implementação da “paywall” tornou-se uma tendência, ao ser adoptada tanto por publicações recentes, como por jornais centenários, como é o caso do “South China Morning Post”, que lançou os primeiros pacotes de subscrição em 2017.
O responsável pelas subscrições daquele jornal, Adrian Lee, defende, porém, que os “publishers” devem reflectir antes de implementar esta ferramenta. Como tal, desenvolveu um guia com 10 questões essenciais, que foi publicado no “site” “World Association of News Publishers”.
Em primeiro lugar, Lee acredita que os “publishers” devem estabelecer a razão pela qual querem alterar o seu modelo de negócio.
Depois, os responsáveis devem garantir que têm os recursos humanos necessários para efectuar a mudança.
Em terceiro lugar, a redacção deve estar de acordo quanto à sua posição do mercado dos “media”. Isto será essencial para convencer os leitores a subscrever o produto.
Novembro 20
Numa fase seguinte, os responsáveis devem delinear estratégias de “marketing”.
Definir os pacotes de subscrição, consoante o perfil dos seus leitores é outro factor crucial. Além disso, os preços por serviço devem ser diferenciados.
Neste contexto, é, também, importante estabelecer que tipo de conteúdo é exclusivo para assinantes.
Adrian Lee considera, ainda, importante que as publicações determinem o investimento tecnológico a ser concretizado.
Com o lançamento da “paywall”, os “publishers” devem estabelecer um “medidor de sucesso”, para compreenderem as estratégias que resultam, e aquelas que precisam de ser alteradas.
Por fim, Lee pede aos responsáveis pelas “paywalls” que mantenham uma mente aberta e a disponibilidade para aprender.
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