Advogado e consultor jurídico, especialmente dedicado ao Direito Administrativo e ao Direito do Ambiente, integrou nessa qualidade reputadas  sociedades de advogados.

Entre outras  actividades,   Paulo Rangel é membro da Direcção da Associação Comercial do Porto, desde 2007, e do Conselho de Administração da Fundação Robert Schuman, desde 2009.

Foi distinguido com o Prémio D. António Ferreira Gomes, da Universidade Católica e com o Prémio René Cassin, do Conselho da Europa .

Paulo Rangel entrou na política quando lhe confiaram a redacção do programa de candidatura do PSD e do CDS-PP à Câmara Municipal do Porto, encabeçada por Rui Rio, em 2001.

Mais tarde, seria  incluído nas listas do PSD para as Legislativas de 2005. Eleito deputado à Assembleia da República, pelo Círculo do Porto, altura em que formalizou a sua adesão ao PSD, viria a ter um papel de destaque no Parlamento com a chegada de Manuela Ferreira Leite à liderança desse partido, que o indicou para presidente do Grupo Parlamentar, em Junho de 2008.

No ano seguinte, foi a escolha de Ferreira Leite para encabeçar a lista do partido às eleições para o Parlamento Europeu, das quais saiu vencedor. Desde a sua eleição coordena o Grupo Europeu do PSD, sendo igualmente vice-presidente do Grupo Parlamentar do PPE. Em 2011 passou, também, a presidir ao então criado Grupo Parlamentar União Europeia-Brasil. Já em 2015 foi eleito vice-presidente do PPE, no congresso de Madrid.

Em 2010, com o fim do mandato de Manuela Ferreira Leite, Rangel disputou com Pedro Passos Coelho e Aguiar-Branco a liderança do PSD. Saiu derrotado por Passos Coelho, mas venceu sobre Aguiar-Branco.

Enquanto eurodeputado, Paulo Rangel reconhece haver no espaço europeu uma ”grande imprevisibilidade”, tendo em conta um conjunto de variáveis geopolíticas e política, e diz que o principal desafio que a Europa tem para 2017 é “reduzir a incerteza” em que está mergulhada.

Para essa incerteza contribui, na sua opinião,  o ciclo de eleições que se seguem em França, na Alemanha, na Holanda e, provavelmente, em Itália e as previsíveis mudanças na liderança das instituições europeias.

“Não sabemos o que podemos esperar – comentou Paulo Rangel -  especialmente com a subida claríssima dos movimentos populistas, ao mesmo tempo que temos o Brexit, que terá o seu início de negociação, e, finalmente, Donald Trump, que é o grande factor de imprevisibilidade”.

Quanto à sustentabilidade do euro, mostra-se mais tranquilo, afirmando não estar em causa. “A prioridade para a Europa é a estabilidade do sistema financeiro”.

É esta personalidade, uma das mais destacadas da sua geração, com um excepcional currículo, que vamos ouvir na Biblioteca do Grémio Literário, sobre as perspectivas que se deparam para a União Europeia e para Portugal como parte dessa comunidade.

 

Imagem recolhida do Público