“Considero que as nossas páginas de opinião se têm vindo a tornar mais interessantes, agora que nos afastámos das crónicas de políticos e especialistas legislativos”, continuou Chan. “Ainda há espaço para académicos, mas temos vindo a procurar vozes reais”.


Ainda assim, os editores reconhecem que ainda há a necessidade de curadoria.


“As nossas páginas estão a competir com as redes sociais”, afirmou Karen Attiah. “Acho que o nosso desafio passa por acrescentar valor. Nós acrescentamos valor às conversas através da verificação de factos, edição e inclusão. Se queremos continuar a ser relevantes, temos que seguir estes padrões”.


Attiah acredita, por outro lado, que o futuro das secções de opinião passa, sobretudo, por ouvir as audiências.


“Temos, agora, um maior entendimento da importância das comunidades ‘online’, que tipo de conversas têm, e de como o jornalismo se encaixa neste panorama”, afirmou. “ Estamos a perceber aquilo que as audiências querem, e isso não passa por manter tradições”.