Paris aposta na inovação e moderniza os seus quiosques de jornais
A operação "Paris ama os seus quiosques" vai ser animada por encontros e debates em torno de um quiosque de cada um dos grandes vinte bairros da capital francesa, em parceria com jornais, como Le Figaro, a revista Elle, os Repórteres sem Fronteiras, tendo sempre como tema um assunto diferente.
Afirma Le Figaro, que publicou textos sobre esta operação em dois dias seguidos :
"Os jornais e revistas não serão, evidentemente, esquecidos. Pretende-se que o espaço de venda seja mais claro e desimpedido, e mais bem iluminado. As revistas estarão mais bem expostas, com diversos tipos de estantes. Trata-se de uma tendência actual nos postos de venda da imprensa, para ajudar o cliente a encontrar mais facilmente a sua revista preferida, mas também para o levar a comprar outras." (…)
"Os novos quiosques serão igualmente sinónimos de mais conforto para os vendedores de jornais, que trabalham ao ar livre, seja qual for o tempo. Os quiosques serão dotados de aquecimento e o chão isolado do solo exterior. Guarda-ventos de vidro, amovíveis, vão protegê-los do vento e da chuva. A abertura e o fecho serão facilitadas, permitindo-lhes ganhar cerca de uma hora de manobra, segundo Le Parisien."
Ainda segundo Le Figaro, os distribuidores de imprensa tomaram consciência da necessidade de contrariar a erosão constante da distribuição de jornais e revistas. O resultado começou a ver-se em Paris, onde apareceram 30 novos quiosques nos últimos dois anos. Esta dinâmica deve muito ao papel desempenhado pela Médiakiosk :
"Esta filial da JCDecaux, que conta ainda entre os seus accionistas Le Figaro, Le Monde e Express-Roularta, recebeu em 2005 a gestão operacional dos quiosques parisienses, por delegação de serviço público. Tendo a missão de apoiar os trabalhadores dos quiosques da cidade de Paris, a Médiakiosk prestou-lhes uma ajuda de mais de dois milhões de euros por ano. Foi também por sua iniciativa que a primeira operação ‘Paris ama os seus quiosques’ foi lançada, no ano passado, com patrocínio do Ministério da Cultura e da Comunicação."
Num tempo em que tantas outras causas desviam o público de frequentar a Imprensa escrita, a cidade de Paris mostra como é possível encorajar a reconciliação e o reencontro. Para além de indispensáveis a este serviço, os quiosques são, em França como em Portugal, objectos de arte ameaçados, como espécies em vias de extinção. Paris dá-nos bons exemplos e boas ideias que podem ser úteis, também, nas nossas cidades.
Mais informação no Le Figaro