Por sua vez, a escritora e professora Antonia Arslan --  que não esteve presente na cerimónia, mas que deixou uma mensagem de agradecimento -- elogiou a organização do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva “por incentivar os cidadãos europeus a reflectirem sobre a importância da  sua preciosa herança cultural”.


No arranque da entrega do prémio, Sneška Quaedvlieg-Mihailovi? começou por recordar o principal objectivo deste Prémio: “celebrar a Europa, a cultura e os valores que foram tão cruciais para a vida da extraordinária Helena Vaz da Silva”.

 

Já Guilherme de Oliveira Martins,  anfitrião da cerimónia,  na qualidade de administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, considerou que, ao distinguir o trabalho de Anne Teresa De Keersmaeker, o júri do galardão conseguiu valorizar um elemento que,  muitas vezes, não é referido no âmbito do património cultural: “ a capacidade criadora, de ligar os vários domínios da imaginação”.


Da mesma forma, a presidente do Centro Nacional de Cultura, Maria Calado, descreveu a laureada como “uma grande referência europeia e mundial, que tanto tem contribuído para a divulgação dos valores europeus, através da dança”.


Na sua intervenção, o presidente do Clube Português de Imprensa, Dinis de Abreu, lembrou Helena Vaz da Silva como alguém que deve estar inscrito ao lado “daqueles que lutaram e lutam, na Europa, pela sobrevivência das Artes, das Letras, da Ciência, ou do Jornalismo, e até da Fé, contra as fraquezas e permissividade dos mal-avisados, e como desafios permanentes que nos enriquecem e nos afastam das trevas”.


Dinis de Abreu salientou, depois, o trabalho de Anne Teresa enquanto “visionária da dança contemporânea, que nos convoca para o seu desassossego criativo, que é a essência do bailado moderno”.


O Presidente do CPI sublinhou, ainda, a ligação da coreógrafa com Lisboa, “onde criou uma peça para a Companhia Nacional de Bailado”, além de ter promovido “mais de uma dezena de espetáculos na capital e noutras cidades portuguesas”.


A ministra da Cultura, Graça Fonseca, esteve, também, presente, citando a coreógrafa como “um dos mais importantes nomes da dança contemporânea mundial”, que ao longo da sua carreira artística tem mantido uma “relação de proximidade com o nosso país”, e que, por isso, recebeu uma Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo governo português.


Apesar de não ter estado presente na cerimónia, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, deixou uma mensagem à laureada, reconhecendo ser um “admirador da carreira da artista e do seu exemplo extraordinário”.


O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também ausente por incompatibilidade de agenda, enviou uma mensagem de vídeo, na qual apontou Anne Teresa De Keersmaeker como uma das "coreógrafas de referência do nosso tempo”.


O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva conta, também, com o apoio do Ministério da Cultura, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Turismo de Portugal.


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