Pandemia agrava os “desertos noticiosos” no Brasil
O agravamento da pandemia do Coronavírus mostrou as graves consequências dos chamados “desertos noticiosos” no interior do Brasil, onde a população recebe muita informação sobre a vacinação nas metrópoles do país, mas não tem dados sobre os serviços locais de saúde, denunciou Carlos Castilho num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Além disso, segundo refere o autor, mesmo quando existem jornais locais numa determinada zona, estes títulos cingem-se, por norma, a emitir comunicados sobre o município, ou a reproduzir textos de grandes publicações nacionais e estrangeiras.
Contudo, alertou Castilho, para o morador de uma cidade pequena, saber se a farmácia vai ou não estar aberta é mais importante do que o discurso de Joe Biden ou um discurso da rainha Isabel II.
Até porque, no pico da pandemia, a informação sobre os serviços de saúde pode ser a diferença entre a vida e a morte.
Ademais, perante os “desertos noticiosos”, os cidadãos das pequenas cidades tendem a consumir notícias através das redes sociais -- que se caracterizam, na maioria das vezes, pela sua índole opinativa --, e a acreditar nas “fake news” partilhadas em plataformas “online”.
Perante este cenário, o autor acredita que os jornalistas devem modificar a sua conduta, deixando de ser meros meros observadores e passando a ser proactivos no âmbito das soluções.
Março 21
Aliás, segundo indicou Castilho, os jornalistas terão muita dificuldade em manter-se imunes às consequências da pandemia, logo, é irreal esperar que estes profissionais não se envolvam nas questões que vivenciam.
Como tal, os jornalistas deverão ter a preocupação de entrevistar uma amostra significativa da população de um determinado local, para que os leitores tenham acesso a diferentes relatos e pontos de vista.
Por fim o autor alerta para a importância de os profissionais dos “media” conseguirem relatar estes eventos sem negligenciar os critérios de exactidão, relevância, credibilidade e pertinência de dados.
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