Os vendedores de jornais como “ombudsman” dos leitores…
Com a pandemia e consequentes medidas de confinamento, perderam-se alguns rituais do consumo noticioso, entre os quais, a visita aos quiosques de jornais aos fins de semana, recordou Carlos Wagner num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Segundo apontou Wagner, esta era uma prática comum entre repórteres da “velha guarda”, que gostavam de conversar com o dono do quiosque, questioná-lo sobre os interesses dos fregueses, e sobre as manchetes que mais chamam a atenção do público.
Agora, com o avançar da vacinação da população brasileira, estes profissionais estão a regressar às suas antigas rotinas, a debater novas temáticas com os vendedores de jornais, afirmou o autor.
Desta forma, os jornalistas estão a recordar a importância de bem informar o público, de assumir os erros, e de ter em conta a opinião dos leitores quanto ao trabalho dos “media”.
De acordo com Wagner, este regresso aos valores tradicionais é especialmente importante no actual panorama, marcado pela desinformação que circula nas redes sociais, pela propaganda política que se faz passar por informação objectiva, e pela descredibilização do jornalismo fidedigno.
Julho 21
Além disso, conforme apontou o articulista, é crucial que os profissionais continuem a reunir-se, a discutir ideias e a visitar as bancas de jornais, prestando particular atenção às palavras dos vendedores.
Até porque, desta forma, os jornalistas conseguem estabelecer contacto com uma “espécie de ‘ombudsman’ dos leitores”, que continua a ter um ponto de vista único sobre a imprensa, e com quem podem “falar mal dos editores”.
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