Os utilizadores como activo e “produto” das redes sociais…
A utilização da internet tornou-se um elemento indissociável da era digital, já que, actualmente, a maioria dos cidadãos depende de ligação ao wi-fi para trabalhar, ver filmes e manter o contacto com amigos.
Neste “novo mundo”, as grandes empresas de tecnologia permitem o acesso gratuito às suas plataformas, facilitando o acesso a conteúdos e a informação.
Contudo, segundo recordou Samuel Lima num artigo publicado no “Observatório da Imprensa” -- associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria -- quando os recursos são gratuitos, os utilizadores passam a ser o produto.
Ou seja, de forma a obterem lucro, estas empresas analisam os comportamentos dos seus utilizadores para direccionar investimentos publicitários e recomendar determinados conteúdos.
Os dados recolhidos nas redes sociais servem, igualmente, para orientar campanhas políticas e de desinformação ideológica.
Aliás, em 2016, o Facebook facilitou a partilha de notícias falsas sobre o Brexit e sobre as presidenciais norte-americanas, o que terá influenciado o comportamento dos eleitores.
Além disso, estas plataformas têm servido de “megafone” para as mensagens de muitos políticos, como Donald Trump.
Contudo, Donald Trump acabou por ser banido da rede social Twitter, o que levantou questões sobre normas de transparência nestas plataformas.
Neste caso em concreto, algumas figuras internacionais referiram que as plataformas não deveriam interferir com o direito à liberdade de expressão.
Posto isto, o autor considera que as redes sociais se transformaram em verdadeiros labirintos de desinformação, controle político e manipulação de comportamento.
Abril 21
Perante este cenário, o professor universitário David Nemer sugere que as redes sociais passem a ser reguladas, segundo normas semelhantes às das indústrias do álcool e do tabaco.
Ou seja, Nemer defende que estas plataformas deveriam alertar para os perigos da sua utilização.
Samuel Lima, por seu lado, defende que, enquanto não surgirem novas leis, a única solução é promover o debate democrático sobre a realidade na era digital.
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