O Guardian pertence ao Guardian Media Group, propriedade do Scott Trust, criado em 1936 com o objectivo de “assegurar a independência financeira e editorial do The Guardian em perpetuidade e para salvaguardar a liberdade jornalística e os valores liberais da publicação,sem interferência comercial ou política.”

 

Assim, os lucros são reinvestidos no jornalismo. A circulação impressa do jornal é de cerca de 280 mil exemplares, mas a sua edição online é a quinta mais lida do mundo. O Guardiantem uma edição digital no Reino Unido e, ainda, dois sites internacionais, o Guardian Australia e o Guardian US.

 

Apesar de ter enfrentado uma crise durante alguns anos, em Maio o jornal voltou a anunciar que se tinha tornado rentável, sendo que maior parte do seu rendimento tem origem no formato digital. Actualmente, o Guardian gera mais receitas através dos leitores do que da publicidade.

 

Apesar da queda nas receitas do jornal impresso, o crescimento proveniente digital tem permitido gerar lucro.

Depois de no ano passado ter lançado uma versão de assinatura digital “premium” – livre de anúncios, com palavras cruzadas e leitura offline –, o Guardian lançou, recentemente, uma nova aplicação: o Guardian Daily, que oferece uma colecção única e finita de histórias por dia, quase como um “jornal diário”.

 

O Economist é considerada a revista mais influente do mundo e a sua edição em papel tem uma circulação de 1,2 milhões de exemplares. A publicação tem uma paywall rígida e apresenta lucros crescentes, principalmente desde que adoptou a estratégia de colocar o “leitor primeiro”, que tem por base a análise sistemática dos leitores, de forma a identificar as suas preferências.

 

Actualmente, existem várias opções disponíveis para aceder ao conteúdo da publicação, desde o formato impresso, digital, newsletters, podcasts, etc. Com a alteração da sua estratégia, The Economist duplicou a margem bruta e aumentou as receitas dos leitores em mais de 50%.

 

O Economist tem 45 milhões de seguidores nas redes sociais, tem a quinta maior comunidade do mundo no Linkedin e as newsletters diárias são recebidas por mais de um milhão de assinantes. Nos podcasts continua a crescer, mas a sua mais recente oferta nesta área, chamada The Intelligence, já teve 17 milhões de downloads, desde que foi lançada em janeiro passado.

 

Washington Post, de Jeff Bezos, foi comprado, em 2013, por 250 milhões de dólares e desenvolveu um software de publicação, cujas licenças se tornaram os seus activos mais valiosos. 

 

Depois de vender a sua plataforma de gestão de conteúdos, Arc, à empresa petrolífera BP, o jornal espera que esta gere uma receita anual de 100 milhões de dólares nos próximos três anos. Este será o terceiro maior fluxo de receita do jornal, depois da publicidade e das assinaturas.

 

De Telegraaf é o jornal mais popular da Holanda, em 2000 a sua circulação ultrapassou os 800 mil exemplares. Contudo, no ano passado, a circulação rondou apenas cerca de 300 mil. 

 

John De Mol, um magnata holandês, adquiriu uma participação minoritária da empresa e realizou várias mudanças, e, em menos de seis meses, inverteu o declínio das receitas. Os membros da organização fizeram várias visitas aos leitores, de forma a ouvir as suas opiniões.

 

O crescimento anual das assinaturas da publicação é de cerca de 66%, mesmo com um orçamento de marketing consideravelmente inferior. 

 

A conclusão a que se pode chegar é que, talvez, o caminho para o sucesso seja o mais básico e se resuma a um maior foco nos interesses dos leitores.

 

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