Os Media nos EUA impreparados para a desinformação “online”
A autora do citado relatório, Jane Elisabeth, disse, em declarações ao Poynter Institute - que aqui citamos -, que tinha falado com mais de cem jornalistas e visitado várias redacções, ficando surpreendida pelo facto de as redes sociais estarem a ser tratadas apenas como “uma nova peça digital que supostamente já teria entrado na cultura da redacção; mas não entrou.” (...)
“E com campanhas nos Estados Unidos, a preparar-se para eleições em 2018 e 2020, as redacções têm de mudar agora para serem capazer de lidar com o massacre de desinformação online que aí vem” - segundo o relatório.
Para melhorar a estratégia das redacções neste combate às notícias falsas e ao declínio da confiança por parte dos leitores, o relatório recomenda uma abordagem em três pontos:
- – Encontrar e combater a desinformação, como jornalistas nas linhas da frente das fake news.
- – Envolver as audiências no objectivo de aumentar a confiança numa reportagem profissional.
- – Participar como parceiros de corpo inteiro nos esforços de verificação do desempenho da redacção.
“Seja qual for a sugestão que se faça agora a uma redacção, a resposta é sempre: ‘não temos pessoas suficientes para fazer isso’ – diz Jane Elisabeth.”
Mas “é preciso verificar bem o que se está a fazer e decidir entre aquilo que não precisa de ser feito e aquilo que se pode fazer de modo mais eficiente. Torná-lo parte do processo. Eu penso realmente que, mesmo que só se possa ter uma pessoa encarregue das redes sociais a tempo inteiro, já vai ser benéfico.”
O texto citado, de Daniel Funke, no Poynter Institute, cuja imagem, do American Press Institute, aqui incluímos