Este tipo de cobertura noticiosa tem sido conseguida graças ao esforço e dedicação de vários jornalistas, a fim de contarem as histórias que o mundo precisa de conhecer.


O Instituto Poynter destaca que, no caso dos “media” norte-americanos, os profissionais têm conseguido espelhar a realidade vivida na Ucrânia, recolhendo testemunhos, fotografias e vídeos.


A maioria dos jornalistas do terreno tem, ainda, sublinhado a imprevisibilidade do conflito, esclarecendo que tudo pode alterar-se em poucas horas. Por isso mesmo, os profissionais têm-se esforçado para narrar os factos, evitando enveredar  por conclusões precipitadas.


Ainda assim, alguns jornalistas foram acusados de utilizar uma narrativa xenófoba. A título de exemplo, o correspondente Charlie D’Agata, da CBS News, afirmou que os ucranianos eram diferentes de “refugiados de países como o Iraque ou o Afeganistão”.


“Este é um país relativamente civilizado, relativamente europeu, onde não esperamos que este tipo de conflitos aconteça”, acrescentou o mesmo profissional.


Já na Ucrânia, os jornalistas enfrentam vários obstáculos, sendo forçados a realizar as suas funções ao abrigo de “bunkers”, e publicando as actualizações através das redes sociais.


Perante este cenário, milhares de pessoas contribuíram para uma campanha da página GoFundMe, que pretende financiar o jornalismo independente ucraniano.


Conforme apontou o “Guardian”, estes fundos deverão ajudar os jornalistas de 12 títulos independentes a deslocarem-se, passando a operar através da Polónia ou da Lituânia.


Por outro lado, na Rússia, os “media” independentes continuam a trabalhar sem qualquer tipo de apoio, e sob ameaça do governo, que tem vindo a censurar os seus artigos e reportagens.


Neste sentido, o regulador dos “media” russo, Roskomnadzor, informou que qualquer publicação que “dissemine ‘notícias falsas’”, terá de pagar uma multa até 5 milhões de rublos (cerca de 53 mil euros).