Os “altos e baixos” dos “media” durante a pandemia
A pandemia veio alterar o modelo de negócio dos “media”, que assistiram a um crescimento das suas audiências “online” e à diminuição das receitas publicitárias e da circulação. Assim, muitos títulos decidiram suspender as suas versões impressas, ou reduzir a periodicidade, focando-se na captação de novos subscritores e doações voluntárias.
Contudo -- relembrou Lauren Harris, num artigo publicado no “Columbia Journalism Review” -- há, ainda, um grande número de redacções que não têm a possibilidade de fazer a transição digital, devido à falta de recursos. Desta forma, inúmeros jornalistas perderam os seus empregos e dezenas de comunidades ficaram sem cobertura local.
De forma a contextualizar o público sobre a dimensão do problema, a autora -- que integra o Journalism Crisis Project -- elaborou uma lista com artigos, sobre os principais acontecimentos disruptivos dos últimos meses, anexando, ainda, ferramentas de ajuda para jornalistas desempregados ou em situação precária.
Harris começou por recordar que, os “lay-offs” têm acontecido mesmo nas empresas jornalísticas mais conceituadas. O “Guardian”, por exemplo, viu-se forçado a dispensar 180 colaboradores, entre os quais se incluem profissionais de publicidade, mas, também, jornalistas especializados em desporto e “lifestyle”.
Julho 20
Da mesma forma, algumas rádios e televisões comunitárias estão a registar um decréscimo de audiência, por não se terem adaptado às novas exigências dos consumidores.
Contudo, assegurou Harris, nem tudo são más notícias.
Começaram a surgir fundos de apoio comunitário e algumas redacções apostaram em desenvolver uma relação mais próxima com os leitores, criando cooperativas.
Os congressistas norte-americanos têm, igualmente, demonstrado o seu apoio aos “media”, aprovando leis para a redução de custos e isenção de taxas.
Além disso, há, ainda, empresas mediáticas que estão a contratar. As oportunidades de emprego podem ser encontradas em “sites” como “mediagazer.com” e “https://deezlinks.substack.com/”.
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