Richard Laurent trabalhava numa porta ao lado do Charlie Hebdo e foi a primeira pessoa a entrar, logo a seguir ao atentado terrorista que vitimou doze jornalistas, em 2015. A experiência foi traumática, mas também o motivou no sentido de um comprometimento em relação ao trabalho dos jornalistas que são mortos. Com dois outros repórteres franceses, Jules Giraudat e Rémi Labed, lançou o projecto em Setembro de 2017. 

Segundo o texto da International Journalists’ Network, que aqui citamos, “a missão de Forbidden Stories vai em três direcções: chamar a atenção para os trabalhos de jornalistas que são presos ou mortos, por meio de pequenos vídeos; proteger os documentos e as fontes de jornalistas de investigação que estão a trabalhar em temas delicados: e produzir investigações próprias, colaborativas, de longa duração  - a primeira das quais é este Projecto Daphne”. 

Já existem, no site de Forbidden Stories, três pequenos vídeos sobre o trabalho de jornalistas mexicanos mortos em 2017.

Jornalistas que tenham motivo para recearem pela sua segurança, ou estejam preocupados quanto à capacidade de completarem a sua investigação, têm modos de enviar as suas mensagens e material para a Forbidden Stories, usando circuitos encriptados. 

Os trabalhos do Projecto Daphne já estão a ser publicados em Le Monde, The Times of Malta, The Guardian e outros jornais.

“Estou muito impressionado pelo empenhamento e a qualidade do trabalho de todos os parceiros envolvidos” – afirma Laurent Richard. “Temos mesmo de acreditar neste modo de derrotar a censura.”  

 

 

O artigo citado, na International Journalists’ Network,  e mais informação no Observador  e em The Guardian.
O site de Forbidden Stories.