A h2n, uma Organização Não-Governamental (ONG), está a impulsionar o jornalismo comunitário em Moçambique, através de acções de formação para profissionais de “media” locais, a fim de levar informação de qualidade às populações rurais.
Em entrevista à Lusa, citada pelo jornal digital “Observador”, o coordenador de campo da h2n, Rodrigues Tato, explicou que esta associação foi fundada graças à colaboração de repórteres e de outros especialistas.
Assim, ao fim de três anos, a h2n já chegou a 80 rádios comunitárias, com menos recursos financeiros, que têm “um papel importante nas comunidades”, onde muitas vezes não chegam os órgãos de comunicação nacionais.
“As comunidades respeitam muito os jornalistas. Os jornalistas são uma espécie de ‘jet set’. (…) [nestas áreas, os cidadãos] acreditam mais nos jornalistas do que nos governantes“, explicou aquele responsável.
Por isso, a h2n quer capacitar as rádios comunitárias para produzirem informação de qualidade sobre temas como saúde, nutrição, higiene, direitos humanos ou juventude, preparando-os, também, para promoverem a mobilização comunitária.
No âmbito da formação em jornalismo, explicou Tato, a h2n treina os jornalistas para falarem com os cidadãos e produzirem notícias, “porque, muitas vezes, eles fazem uma espécie de relatório”, mas não trazem “o sumo da notícia”.
Além disso, a nível de cidadania, os jornalistas que receberam formação junto da h2n passam a promover debates nas comunidades.
Junho 22
Outro dos pontos de acção da h2n é a educação financeira, uma vez que muitas rádios comunitárias ainda não entendem a melhor forma de planear o seu modelo de negócio. Isto passa, por exemplo, pelo incentivo da utilização das redes sociais, para que os conteúdos cheguem mais longe, e os ‘media’ recebam maiores investimentos publicitários.
Como tal, estas rádios comunitárias passaram a ser “uma espécie de viveiro”.
“Nós formamos [ os profissionais ] e depois as grandes organizações vêm buscá-los. Temos assessores de governantes que foram contratados nas rádios comunitárias por causa do ‘know how’ que a h2n lhes transmite”, contou.
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