Onde se preconiza um trabalho editorial mais “subjectivo”
No Brasil o coronavírus está a afectar a população de forma desigual. A título de exemplo, as estatísticas oficiais demonstram que é nas camadas mais pobres da sociedade que se contabilizam mais casos de infecção.
Cabe aos jornalistas testemunhar estas realidades e relatá-las. Assim, os repórteres, têm marcado presença no seio das comunidades, ouvindo as perspectivas de todos os envolvidos, independentemente do estatuto social.
Em entrevista ao “Observatório da Imprensa” -- associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceira -- Fabiana Moraes reiterou que apesar de este tipo trabalho ser, inquestionavelmente, importante, há uma tendência para que os jornalistas estereotipem as vivências alheias.
Assim, segundo Moraes, os repórteres deveriam adoptar uma linha editorial “mais subjectiva”. Isto é, quando os jornalistas reportam realidades que não lhes são familiares, correm o risco de as reportar segundo uma narrativa comum.
Maio 20
A posição do jornalista, do contador da história, é a socialmente correcta. A perspectiva do entrevistado é, por sua vez, “estranha”.
Os repórteres que fazem este tipo de trabalho, podem, relatar o que vêem de forma fidedigna. Porém, incompleta.
Assim, Fabiana Moraes considera essencial que os jornalistas que vão para o terreno, reflictam sobre tudo o que ouviram. De seguida, estes profissionais deverão escrever a peça segundo a perspectiva do(s) entrevistado(s), despindo-se de qualquer preconceito.
Para Moraes é nisso que consiste o “jornalismo de subjectividade” : ultrapassar valores-notícia hierárquicos sobre pessoas e lugares; superar a perspectiva do facto extraordinário como noticiável e compreender que esse processo levou ao distanciamento.
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