Onde se preconiza o regresso dos jornalistas ao terreno para reforço da confiança nos “media”
Em 2022, é provável que os jornalistas voltem a focar-se em técnicas tradicionais, dando prioridade às reportagens no terreno, e às entrevistas presenciais, como forma de melhorar os níveis de confiança atribuídos aos “media”, e de partilhar a verdade com o público, considerou Alice Antheaume, directora executiva da Faculdade de Jornalismo de Sciences Po, num artigo publicado no “Nieman Lab”.
Conforme recordou a autora, com a chegada da pandemia, os colaboradores dos “media” passaram a trabalhar em regime remoto, estabelecendo contactos através de videochamadas, e deixando as deslocações de parte.
Contudo, agora, com o regresso à normalidade, estes profissionais estão a ser incentivados a voltar às redacções, e a reportar os eventos e os incidentes nos respectivos locais.
De acordo com Antheaume, alguns jornalistas dizem-se assustados com o regime presencial, sentindo-se “enferrujados”, e com receio de já não saberem trabalhar no “mundo real”.
No entanto, continuou a articulista, existe uma necessidade crucial de escrutinar a sociedade, e de analisar todos os sinais em primeira mão, sem a interferência de erros informáticos, ou a protecção das plataformas “online”.
Além disso, afirmou Antheaume, é difícil chegar ao “cerne da questão”, quando estamos a realizar entrevistas à distância, uma vez que esta modalidade retira alguns dos elementos essenciais das relações humanas.
Janeiro 22
Ademais, o mundo virtual tem um maior nível de complexidade, uma vez que pode ser difícil verificar a identidade e as intenções das pessoas que se encontram por detrás de determinados perfis, ou “sites”.
Assim, se os jornalistas pretendem avaliar a realidade de forma fidedigna, deverão “ouvir o que os entrevistados têm para lhes dizer, numa interacção verdadeira, com destaque para a linguagem corporal”.
Logo, afirma a autora, em 2022, e numa época em que os profissionais procuram distinguir os testemunhos verdadeiros das informações questionáveis, é essencial que abracem as técnicas tradicionais, e que regressem ao “terreno”.
No Reino Unido, o aparecimento de um novo jornal chamado “The Light” tem gerado acesa controvérsia. A polémica envolta neste novo jornal é agora analisada num artigo publicado no Columbia...
Nas semanas que se seguiram a 7 de outubro, quando o Hamas atacou civis israelitas, e durante os bombardeamentos à Faixa de Gaza que se seguiram, as pessoas nas redes sociais queixaram-se de que as...
Poder-se-ia pensar que a função dos jornalistas é contar o que está a acontecer ou o que aconteceu e não sobre o futuro, mas tal não é verdade. Num artigo publicado nos “Cuadernos de...
Embora se definam apenas como plataformas tecnológicas, as redes sociais influenciam as opiniões pessoais. Os especialistas em comunicação, como Rasmus Kleis Nielsen, autor do artigo News as a...
De acordo com Carlos Castilho, do Observatório de Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, o jornalismo enfrenta, actualmente, dois grandes desafios, nomeadamente,...
Num texto publicado no media-tics, o jornalista Miguel Ormaetxea, reflectiu acerca da receita de publicidade digital dos media, que, em grande parte, fica nas mãos de grandes empresas de tecnologia,...
Num texto publicado na revista ObjETHOS, um dos seus pesquisadores, Raphaelle Batista, reflectiu sobre o papel que o jornalismo teve no Brasil durante 2022, assim como o que deve ser mudado.
Batista...
O Journalism Competition and Preservation Act (JCPA), um projecto de lei que pretendia “fornecer um 'porto seguro' por tempo limitado para algumas organizações de notícias negociarem...
Algumas organizações criaram um novo guia, Dimensions of Difference, para ajudar os jornalistas a entender os seus preconceitos e a cobrir melhor as diferentes comunidades. Este projecto baseia-se...