Onde se preconiza a esperança de recuperação do jornalismo
Com a chegada da era digital, os “media” entraram num período de recessão, marcado por despedimentos em massa e pelo encerramento de redacções, recordou o jornalista Boanerges Lopes, num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Assim, o autor considera crucial descobrir fontes de esperança na recuperação do jornalismo. Até porque, de acordo com os investigadores Luciane Albernaz de Araujo Freitas e André Luis Castro de Freitas, a esperança é essencial para ultrapassar obstáculos e questões sociais.
Onde poderá, então, residir a esperança dos “media”?
Segundo o autor, a esperança de uma possível transformação do jornalismo pode passar pelas acções sindicais.
Na opinião do presidente do Sindicatos dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce), Rafael Mesquita, o actual panorama coloca os sindicatos como protagonistas da reorganização colectiva.
Mesquita realça os retrocessos no campo social, as perseguições às profissões regulamentadas, com destaque para os ataques ao Jornalismo, à ciência e às artes.
Setembro 20
O autor reitera, igualmente, que o futuro do jornalismo pode, ainda, depender da Academia. Isto porque o jornalista Carlos Guimarães concluiu, depois de conversar com alunos de comunicação, que os jovens têm “ desejo de mudar, a partir das muitas dúvidas e uma sede de conhecer”, bem como de modificar o “status quo” das empresas de “media”.
Boanerges Lopes considera, então, essencial que os jornalistas exerçam a sua profissão segundo os ideais do filósofo brasileiro Paulo Freire. Isto porque Freire “insistia que não podia deixar de ter esperança pois o humano é um ser que procura”.
Freire acreditava, acima de tudo, numa esperança que deveria ser impulsionada pelos profissionais da pedagogia, da filosofia, da história, do jornalismo. “Se não houver esperança, não tem por que continuar o histórico. A esperança é a história. No momento em perdemos a esperança, entramos em imobilismo”, disse Freire.
Leia o artigo original em “Observatório da Imprensa”
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