Onde se preconiza a alteração do modelo de negócio da indústria jornalística “devastada”
O sector mediático precisa de ser reiniciado, uma vez que as (pequenas) reformas já não são suficientes para recuperar as perdas registadas no âmbito da pandemia e da alteração do modelo de negócio, considerou Miguel Ormaetxea num artigo publicado no “site” “Media-tics”.
Neste sentido, Ormaetxea defende que existem quatro medidas cruciais a serem aplicadas pelas empresas jornalísticas, com o objectivo de “reinventar uma indústria devastada”.
Em primeiro lugar, o autor sublinha que os títulos de informação devem continuar a valorizar o melhor do “antigo jornalismo”. Isto é: a informação de qualidade, verificada, imparcial e independente.
Ormaetxea destaca que existem, já, alguns jornais de língua inglesa que conseguiram apostar nesta vertente. Contudo, os títulos hispanófonos parecem estar atrasados na reestruturação do nível de qualidade da informação que produzem, afirma o autor.
O autor sublinha, neste âmbito, a importância de oferecer artigos e reportagens pormenorizados, com dados exclusivos, que permitam aos jornais distinguirem-se da concorrência.
Em terceiro lugar, Ormaetxea defende que as publicações mediáticas devem optar por um modelo sem publicidade, e sem patrocínios de outras empresas, de forma a assegurar a sua independência, e livrarem-se da interferência de terceiros no seu conteúdo.
Dezembro 21
Por fim, outra das medidas preconizadas pelo autor é a criação de uma nova aliança entre os jornalistas e a tecnologia, para que os “media” consigam acompanhar a evolução da era digital, e continuar a satisfazer as necessidades dos consumidores.
Ormaetxea acredita que, ao seguirem estes passos, as publicações mediáticas conseguirão entrar numa nova era, reiniciando a sua relação com o mercado e com os leitores.
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