Onde se inventam novas ferramentas para fixar público “online”
As audiências digitais apresentam-se como um desafio para muitas publicações, que não entendem a melhor forma de interagir com o público e de captar a sua atenção.
Como tal, algumas empresas jornalísticas passaram a adoptar estratégias de “marketing”, a fim de perceber o tipo de conteúdos que mais interessam aos consumidores de informação digital.
Uma dessas estratégias denomina-se “testes A/B” e é utilizada para identificar o tipo de linguagem ou de imagens que melhor funcionam junto de um determinado público alvo.
Conforme apontaram Nick Hagar e Nick Diakopoulos num artigo publicado no “Nieman Lab”, em contexto jornalístico, esta ferramenta é, agora, usada para formular manchetes, e conseguir um maior número de “clicks”.
Ou seja, de forma a perceberem aquilo que capta a atenção das audiências, os jornalistas experimentam diversos títulos e registam, posteriormente, os seus resultados estatísticos.
Assim, ao visitar um mesmo “site” noticioso, alguns leitores podem ver uma manchete -- “Veja aqui a melhor maneira de melhorar a audiência da sua plataforma” -- enquanto outros terão acesso a um outro título, relativo ao mesmo artigo -- “15 maneiras de conseguir mais ‘clicks’”.Aliás, conforme indicaram os autores, esta estratégia é já utilizada por vários jornais de renome, tais como o “New York Times” e o “Boston Globe”, que dependem deste tipo de ferramentas para atrair um maior tráfego.
Outubro 21
Contudo, após analisarem os “testes A/B” realizados por mais de 200 publicações jornalísticas, Hagar e Diakopoulos concluíram que não existe nenhuma “fórmula mágica” para a elaboração de manchetes.
Aliás, o sucesso de uma “manchete” pode depender da altura do dia em que é partilhada, ou dos acontecimentos que estão a preocupar os cidadãos num determinado dia da semana.
Por isso mesmo, cada publicação jornalística deverá conduzir as suas próprias análises, indo ao encontro das necessidades do seu público, e sem nunca negligenciar o seu foco editorial.
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