Onde se fala do controlo exercido por plataformas digitais
Nas últimas três décadas, a realidade mundial tem vindo a ser reformulada, graças ao aparecimento de novas tecnologias e à liberalização do acesso à internet.
Estas alterações deveram-se, em grande parte, ao surgimento de novas empresas tecnológicas, que prometeram revolucionar a era digital. Destaca-se, neste âmbito, a Google, cujo motor de pesquisa facilitou o processo de busca e, consequentemente, o acesso a informação e outros conteúdos.
Contudo, segundo notou Miguel Ormaetxea num artigo publicado no “site” Mediatics, o objectivo que a Google propôs, inicialmente, cumprir, nunca pareceu tão distante e distópico. Isto porque, de acordo com Ormaetxea, estamos, agora, a ser expostos ao “hipercapitalismo de vigilância”.
Com o seu lançamento, em 1998, a Google pedia aos utilizadores: “não sejam maus” -- "don't be evil".
No entanto, considerou o autor, 23 anos depois, é a própria empresa que contraria esta premissa inicial, já que à medida que a Google foi cresceu, foi, igualmente, implementando mecanismos para controlar os seus utilizadores.
Além disso, apontou Ormaetxea, esta e outras plataformas digitais continuam a facilitar o acesso a desinformação, prejudicando todos os cidadãos.
Por outro lado, estas gigantes tecnológicas têm conseguido “ultrapassar” os “media”, já que utilizam excertos de textos noticiosos para gerar lucros, sem pagar uma quota parte devida às publicações.
Março 21
Da mesma forma, existem cada vez mais empresários de sucesso a investir na imprensa, de forma a conseguirem exercer a sua influência.
Ormaetxea sublinha, contudo, que, por vezes, são os próprios governos que procuram estabelecer sistemas de vigilância, que condicionam a liberdade de informação e de pensamento.
O autor recorda, neste contexto, que a China dispõe do seu próprio sistema de internet, e que a Rússia segue o mesmo caminho.
Com isto, Ormaetxea apela a todos os jornalistas que continuem a exercer as suas funções de forma independente, resistindo às pressões ideológicas da redacção, e informando, da melhor forma possível, todos os seus leitores.
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