Onde se fala de possíveis modelos de financiamento para imprensa de âmbito local

“Idealmente, teríamos outro fundo, para a contratação e retenção de jornalistas”, acrescentou Waldman.
McChesney reiterou, porém, que deve haver alguma regulamentação na atribuição dos apoios.
“Precisamos de financiar jornais locais que sejam independentes, competitivos e profissionais. Esse dinheiro deve ser atribuído pelo governo, mas não podemos permitir que o governo escolha quem recebe o dinheiro”.
Ambos os especialistas acreditam que esta opção seria, particularmente, vantajosa, até porque já conta com o apoio de diversos congressistas.
Ainda assim, não há nenhuma garantia de que os cidadãos irão usar este crédito extra.
Por sua vez, a economista Andrea Prat acredita que a solução passa pela distribuição de “vouchers” pelas diferentes redacções.
Isto porque, de acordo com a especialista, os apoios deveriam ser distribuídos consoante o nível de desinformação. Ou seja, os “vouchers” seriam distribuídos em maior número, nas áreas em que a literacia política apresenta níveis mais reduzidos.
Ora, isto não aconteceria com a medida do crédito extra, que seria repartido consoante o interesse dos cidadãos em determinados jornais.
Assim, seria provável que parte dos apoios remetesse para jornais que já são financeiramente sustentáveis, como o “New York Times”.
A economista Julia Cagé partilha a opinião de Prat, já que estes “vouchers” poderiam ser distribuídos com base nas declarações fiscais. Aliás, recordou, Cagé, este método tem sido utilizado para apoiar diferentes organizações religiosas.
Além disso, Cagé acredita que, através deste método, poderia limitar-se o número de “vouchers” por redacção, para assegurar apoios mais igualitários.
Leia o texto original em “Columbia Journalism Review”