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Onde se evoca Alberto Dines que modificou o jornalismo no Brasil
O jornalista Alberto Dines é considerado, por muitos, como um dos melhores profissionais do Brasil, já que lutou contra todos os tipos de censura, enquanto impulsionava a investigação e publicação académica sobre os “media”, defendeu Venício A. Lima num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, associação fundada por Dines, e com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Segundo recordou Lima, Dines assumiu o cargo de editor-executivo do “Jornal do Brasil” em meados da década de 1960, quando os recursos literários sobre jornalismo ainda eram escassos.
Confrontado com esta realidade, Dines passou a editar e a publicar os “Cadernos de Jornalismo”, disponíveis, igualmente, para os leitores do “Jornal do Brasil”, além de organizar semanas de estudos jornalísticos para estudantes universitários.
Esta ligação com as publicações académicas e os textos de reflexão manteve-se ao longo de todo o seu percurso profissional, destacando-se, neste âmbito, a criação do “Observatório da Imprensa”, em parceria com o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) e o Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas.
Deste então, vários jornalistas e investigadores académicos (entre os quais Venício A.Lima) começaram a elaborar trabalhos sobre os desenvolvimentos dos “media”, a evolução tecnológica do sector, as tendências jornalísticas, entre outros temas.
Maio 21
Conforme indicou Lima, a descrição original do programa continua disponível “online”, especificando que “o ‘Observatório da Imprensa’ analisa, de forma crítica, o desempenho dos ‘media’ a partir de assuntos que estão em destaque na imprensa”.
Para o autor, a sua colaboração com o “Observatório” marcou um “antes e depois”, já que se fez acompanhar de novas oportunidades profissionais e de uma relação pessoal com Alberto Dines.
Lima lamenta, por isso, o desaparecimento de Dines em Maio de 2018, recordando-o como "um jornalista maior e um grande ser humano”, com quem teve “ o privilégio de trabalhar” e “privar”.
