Onde se defende fim da impunidade de crimes contra jornalistas
No dia 2 de Novembro, a UNESCO celebrou o Dia Internacional para o Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, que tem como objectivo alertar para a baixa taxa global de condenação por crimes violentos contra profissionais dos “media”.
Para assinalar a ocasião, a directora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, publicou um comunicado, no qual referiu que “um dos papéis mais importantes dos jornalistas é trazer a verdade para a luz do dia. Isto significa identificar, compilar e verificar factos e, a seguir, dar conta do seu significado com precisão. Isto coloca os jornalistas numa posição única e crucial”.
“No entanto, para demasiados jornalistas, dizer a verdade tem um preço -- continuou aquela responsável -- Entre 2010 e 2019, cerca de 900 jornalistas foram mortos no exercício das suas funções (...) Muitos perderam a vida enquanto cobriam conflitos, mas outros foram assassinados por investigarem casos de corrupção, tráfico, irregularidades políticas, violações dos direitos humanos e as questões ambientais”.
Audrey Azoulay sublinhou, por outro lado, que “a morte não é o único risco que os jornalistas enfrentam, uma vez que os ataques à imprensa podem assumir a forma de ameaças, raptos, detenções, prisão ou assédio - ‘offline’ e ‘online’, e visam, especialmente, as mulheres.
“Ainda que o número de jornalistas mortos em 2019 seja algo animador, por ter atingido o seu nível mais baixo numa década, este tipo de ataques está a progredir a um ritmo alarmante, e a crise da covid-19 gerou novos riscos para os profissionais dos ‘media’ em todo o mundo”, prosseguiu.
Novembro 20
Perante estes dados, aquela responsável considera que “os Estados têm a obrigação de proteger os jornalistas e de assegurar que os autores dos crimes sejam responsabilizados”, já que “os jornalistas são essenciais para garantir o direito fundamental à liberdade de expressão estabelecido no artigo 19º da Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
“Só investigando e instaurando processos por crimes cometidos contra os profissionais dos ‘media’, poderemos garantir o acesso à informação e a liberdade de expressão. Só dizendo a verdade poderemos fazer avançar a paz, a justiça e o desenvolvimento sustentável nas nossas sociedade”, concluiu.
Neel Dhanesha, redactor no Nieman Lab, escreveu um artigo que acompanha o processo de criação de um recurso de inteligência artificial que pode vir a ser um “braço direito” para os...
“Embora exista um conjunto crescente de ferramentas e serviços pagos disponíveis que afirmam ser capazes de detectar automaticamente a presença de falsificações geradas por inteligência...
Cinco anos depois de os Repórteres sem Fronteiras (RSF) terem lançado a Journalism Trust Initiative (JTI), a norma internacional para o jornalismo transparente atingiu um marco importante: mais de...
Embora se definam apenas como plataformas tecnológicas, as redes sociais influenciam as opiniões pessoais. Os especialistas em comunicação, como Rasmus Kleis Nielsen, autor do artigo News as a...
De acordo com Carlos Castilho, do Observatório de Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, o jornalismo enfrenta, actualmente, dois grandes desafios, nomeadamente,...
Num texto publicado no media-tics, o jornalista Miguel Ormaetxea, reflectiu acerca da receita de publicidade digital dos media, que, em grande parte, fica nas mãos de grandes empresas de tecnologia,...
Num texto publicado na revista ObjETHOS, um dos seus pesquisadores, Raphaelle Batista, reflectiu sobre o papel que o jornalismo teve no Brasil durante 2022, assim como o que deve ser mudado.
Batista...
O Journalism Competition and Preservation Act (JCPA), um projecto de lei que pretendia “fornecer um 'porto seguro' por tempo limitado para algumas organizações de notícias negociarem...
Algumas organizações criaram um novo guia, Dimensions of Difference, para ajudar os jornalistas a entender os seus preconceitos e a cobrir melhor as diferentes comunidades. Este projecto baseia-se...