Este é apenas um exemplo de equívocos graves da cobertura jornalística brasileira na guerra da Ucrânia, causados pela “russofobia” editorial e pelo fenómeno das “fake news”. Além disso, é possível que muitos outros erros tenham sido cometidos, sem que os leitores se apercebessem.


É claro, continuou Castilho, que os jornalistas estão sujeitos a erros informativos, particularmente em contexto de guerra. Contudo, acrescentou o autor, este tipo de falha profissional torna-se mais frequente quando os correspondentes,  os editores e os analistas optam por um dos lados em conflito, contrariando o dogma da isenção jornalística. 


Até porque, quando não existe isenção, a preocupação em verificar os factos é atropelada pela submissão a uma determinada linha editorial.


Assim, Castilho afirma que a preocupação com a complexidade de uma guerra como a que ocorre na Ucrânia ainda é escassa na imprensa brasileira, que prefere tratar o caso seguindo o modelo dicotómico do “bem contra o mal”.


No resto do mundo, conclui o autor, há algumas excepções, embora “a maioria dos jornais continue a seguir as mesmas rotinas profissionais usadas na guerra do Vietname, finalizada há quase 50 anos”.



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