O texto mais antigo foi publicado em 11 de Outubro no Diário do Norte. Mais de 200 trabalhos foram recolhidos do Diário Popular, que terá sido um dos preferidos por Agustina, segundo conta José António Saraiva no prefácio do livro. Muitos outros apareceram no Diário de Notícias, Jornal Novo, Jornal de Letras e no Primeiro de Janeiro, que a escritora dirigiu entre 1986 e 1987. O último destes Ensaios e Artigos foi publicado na revista Autêntica em 2007. 

O trabalho de investigação e recolha para estes três volumes durou dois anos e vem completar a edição de textos inéditos de Agustina Bessa-Luís, iniciada em 2014 pela Fundação Gulbenkian, com a publicação da obra Elogio do Inacabado

Na extensa e bem documentada apresentação deste esforço, que assina na Crítica de Livros do Observador  - e referindo-se ao período de mais de uma década desde que Agustina Bessa-Luís “saíu da esfera pública” -  afirma Vasco Rosa: 

“Ainda assim, dadas as circunstâncias tão especiais da vida actual da escritora, o método, competência e propósito com os quais os editores trabalharam durante aqueles anos hão-de ficar, na história da nossa literatura (se tivermos uma), como um caso exemplar de devoção co-adjuvante, em prol da fixação e conservação rigorosa de uma das obras mais originais em língua portuguesa contemporânea. Se Agustina Bessa-Luís foi forçada a parar de escrever, terá sido pensado, então que tudo quanto ela deixou escrito — e foi tanto e tão bom — perdure nas melhores condições possíveis.”

 

 

Mais informação no Observador e no Expresso