Obercom traça perfil de consumo mediático dos portugueses
A crise de covid-19 veio modificar os padrões de consumo noticioso, já que os cidadãos passaram a recorrer, mais frequentemente, aos “media” para se manterem informados sobre a pandemia.
Em Portugal, estas modificações estão a ser analisadas pelo Obercom, que tem realizado inquéritos junto de uma amostra representativa da sociedade, para conseguir traçar os seus interesses e comportamentos.
No seu mais recente estudo, publicado em 15 de Outubro, o Obercom conseguiu determinar os principais “perfis de consumo” dos cidadãos portugueses. Para tal, baseou-se em conclusões obtidas em Julho, no relatório “Pandemia e Consumos Mediáticos”
Assim, os investigadores partiram dos pressupostos de que, com a pandemia, registou-se um aumento generalizado do consumo e de que as gerações mais jovens aderiram, em maior proporção, a novas práticas comunicacionais. Além disso, o estudo baseou-se nas conclusões de que a nova conectividade é multidireccional e de que a pandemia poderá ter “quebrado a barreira” face à subscrição dos “media”.
Ademais, os responsáveis tiveram em conta que os portugueses estão atentos à desinformação e que avaliam a comunicação das instituições oficiais de forma muito positiva.
Com isto, o Obercom concluiu que, em período de confinamento, os jornais económicos foram mais lidos por inquiridos do sexo masculino. O jornal “Observador” apresentou uma aproximação ao perfil de consumidores mais escolarizado, com ensino superior. Os jornais “Público” e “Expresso” tendem a ocupar posições muito próximas no plano da análise, o que significa que partilham os leitores.
Outubro 20
No caso da televisão, a TVI surgiu mais próxima do perfil género feminino. Os canais regionais aproximam-se dos inquiridos mais velhos, e os canais generalistas RTP1 e SIC, assim como os noticiosos, ocupam uma posição seelhante.
Quanto à rádio, a TSF partilha uma posição relativa ao sexo masculino. As rádios RFM e Comercial estão próximas no plano da análise, significando isto que os ouvintes de uma tendem a ouvir a outra.
Já Antena 2, Rádio Renascença, bem como as rádios regionais tendem, igualmente, a aproximar-se de um determinado perfil de consumo.
Depois do confinamento, as tendências observadas para a imprensa são, fundamentalmente, idênticas àquelas produzidas durante o período do isolamento.
Consolidaram-se,assim, quatro perfis de consumo.
A saber: um primeiro, constituído pelo “Correio da Manhã” e CMTV. Um segundo, integrado pela RFM, SIC, TVI, Rádio Comercial e desportivos.
Um terceiro, onde figuram a TVI24, “Jornal de Notícias” e Rádio Renascença. E um quarto perfil constituído por “Público”,” Expresso”, televisão e rádios regionais, RTP3, RTP1, Antenas 1 e 3.
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