O trabalho do fotojornalista num universo alargado
Thompson submeteu dezenas de pessoas ao mesmo inquérito de modo a apurar quais eram as suas expectativas em relação aos jornalistas, sobre a sua experiência à frente das objectivas e sobre como reagem às representações que deles eram feitas.
O jornalista descobriu, então, que a esmagadora maioria das pessoas se preocupam mais com a relação pessoal que estabeleceram com os fotógrafos, do que com o impacto que a imagem teve no universo noticioso.
Vinte por cento da amostra não teve contacto com os jornalistas que os documentaram e um quarto referiu que os profissionais só pediram a sua identificação. Isso poderá ter dificultado a avaliação das intenções do jornalista.
Um dos participantes observou, mesmo, que, considerava a experiência teria sido mais satisfatória, caso o fotógrafo tivesse obtido mais informação já que a imagem foi publicada, sem referências essenciais.
Os entrevistados, observaram, ainda, que ser fotografado como parte de um grupo foi, de forma geral, uma experiência mais confortável. A privacidade foi outra das preocupações levantadas, especialmente,nos segmentos etários mais avançados, já que as expectativas são diferentes.
Outro dos aspecto negativo apontados incluíam ser distraído pelo jornalista ou não gostar da representação publicada, devido a preocupações relacionadas com o contexto.
Segundo Thompson será, então, importante que os fotojornalistas tenham a capacidade de fazer passar , com mais pormenor, o contexto em que as imagens são captadas, de forma a melhorar a literacia mediática, e colaborar na construção de uma cidadania mais informada e civicamente activa.