O retrato de Theresa May e o “Brexit” nos jornais britânicos

Por seu lado, The Independent faz uma resenha de texto, com afirmações dos principais jornais europeus não-britânicos:
Assim, o Irish Independent escreve que o “manicómio do Brexit” engoliu Theresa May, com ataques contundentes do seu próprio partido, e que “a primeira-ministra britânica luta para salvar a sua carreira”, enquanto os seus ministros saltam fora do barco.
O diário francês Le Figaro diz que o Brexit de May “está por um fio”:
“Uma atmosfera de fim de reinado tomou conta de Westminster. Mas, à semelhança da Rainha Isabel, Theresa May não abdica.”
O jornal italiano La Repubblica - “talvez esquecido de consultar o calendário” - chama ao Brexit o “pesadelo de uma noite de Verão” num texto de comentário.
A estação RAI conta que Theresa May sofreu “o dia mais longo e mais difícil” do seu mandato como primeira-ministra, em parte às mãos de Jacob Rees-Mogg, “um dos mais inflexíveis defensores do Brexit”; mas acrescenta que a sua “intervenção apaixonada” na conferência de Imprensa foi “digna de nota”.
O jornal alemão Die Welt diz que “o destino de Theresa May e do próprio Brexit estão suspensos por um fio”.
Por seu lado, Die Zeit escreve que “o caos que assola o governo britânico desde que o tratado do Brexit foi publicado não é surpresa”, dado o facto que “corresponde exactamente ao que os defensores do Brexit ‘duro’ tinham rejeitado há meses”.
Um artigo de opinião no jornal austríaco Die Presse classifica o comportamento do negociador do Brexit, Dominic Raab, como “particularmente grotesco”:
“Podemos perguntar ao sr. Raab se esteve presente não apenas fisicamente, mas também em espírito, nestas negociações com os representantes da União Europeia? Ou se assumiu este papel meramente no cálculo cínico de que pudesse acelerar o derrube da primeira-ministra pelo lado de dentro?”
Finalmente, o espanhol El Mundo traz um artigo de advertência aos Brexiteers, que “mal se detiveram a pensar que o divórcio britânico ameaça duplamente a unidade do Reino Unido, com o provável agravamento do separatismo escocês e o frágil processo de paz na Irlanda do Norte”. (...)
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