Indo directamente ao problema, a autora cita o código de ética da Sociedade dos Jornalistas Profissionais [a SPJ, dos EUA], nesta matéria, começando pela constatação de que “as fontes anónimas são por vezes a única chave de acesso a uma grande reportagem, para remover a cortina da corrupção e conseguir que se cumpra a missão jornalística de fazer com que os poderosos prestem contas e os cidadãos sejam informados; mas as fontes anónimas também podem ser o caminho que leva a um pântano ético”.

 

Sherry Ricchiardi resume deste modo os dois conselhos essenciais do código de ética:

 

1 – Identifica as fontes sempre que possível. O público tem direito a toda a informação que se lhe possa proporcionar sobre a fiabilidade das fontes.

2 – Questiona sempre os motivos das fontes antes de lhes prometer anonimato. Esclarece as condições de uma promessa de anonimato em troca de informação. E mantém as tuas promessas.

 

Outra instância competente neste território, a Online News Association, propõe um guía específico para lidar com fontes anónimas, recomendando ao jornalista que faça a si próprio estas perguntas:

 

“Qual o motivo pelo qual a fonte não quer ser identificada? A informação está disponível noutro local? Confias nesta fonte? A informação vai sair a público de qualquer modo? Esta fonte tem muita vontade de partilhar a informação, ou nenhuma? Esta fonte é poderosa ou vulnerável? Vale a pena correr riscos pela fonte ou pela informação?”

 

A conclusão de Sherry Ricchiardi fica condensada em quatro pontos que ela própria utiliza sempre que faz uma formação sobre este tema, em qualquer órgão de comunicação:

 

“A informação da fonte tem de ser absolutamente vital para a reportagem. Não pode tratar-se de uma opinião pessoal. A informação não poderia ter sido obtida de outro modo. A fonte é altamente credível e sabe do que fala.”

 

O texto de Sherry Ricchiardi, na versão em língua espanhola do site ijnet – Rede de Jornalistas Internacionais