O que os jornalistas perderam e ganharam em teletrabalho
Com a pandemia, muitos jornalistas passaram a desempenhar as suas funções em regime de teletrabalho, o que os obrigou a conjugar a vida familiar e profissional num único espaço.
Perante esta nova realidade, a jornalista Kristen Hare, do Instituto Poynter, organizou uma conferência com vários jornalistas norte-americanos, que falaram sobre as principais perdas e conquistas registadas durante este período.
Por um lado, os colaboradores do “Sahan Journal” dizem sentir falta do contacto com os colegas de profissão e do sentimento de comunidade.
Neste sentido, os profissionais revelaram, igualmente, que deixaram de ter acesso a um espaço de redacção sossegado e com vários recursos disponíveis.
“Como tenho filhos pequenos, e porque os filhos pequenos não ficam menos exigentes só porque temos prazos para cumprir, passou a ser difícil contar histórias”, afirmou o repórter de política Jason Rosenbaum.
Da mesma forma, os jornalistas do “19th”, um projecto lançado em Janeiro, não tiveram a oportunidade de estabelecer laços com a restante equipa.
Por outro lado, os profissionais entrevistados revelaram ter conquistado alguns pontos positivos.
A fundadora do “19th”, Amanda Zamora, passou a preocupar-se, mais activamente, com as necessidades do “staff”, encarando a vida familiar de cada jornalista com um maior nível de empatia.
Já Jason Rosenbaum notou, por sua vez, que, por trabalhar a partir de casa, conseguiu inovar nos métodos de reportagem e estabelecer contacto com novas fontes.
Abril 21
Outros jornalistas dizem ter encontrado novos talentos, como acompanhar o desenvolvimento da vacinação através de vários ecrãs em simultâneo.
Aliás, os profissionais destacaram algumas novas modalidades, que querem continuar a implementar.
Os jornalistas do “Sahan Journal” sublinharam, por exemplo, a criação de uma relação mais próxima com os membros da comunidade, com a realização de reportagens em escolas e igrejas locais.
Os profissionais apreciam, igualmente, a flexibilidade do teletrabalho, que lhes permite participar, activamente, na vida dos filhos.
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