O público alvo das redes sociais começa agora aos seis anos

De momento. Messenger Kids só está disponível nos Estados Unidos, no sistema iOS da Apple. A aplicação permite debater com os amigos e partilhar fotos e vídeos. A empresa promete que não será possível partilhar “conteúdos violentos ou de carácter sexual”. Assegura também ter seleccionado manualmente a biblioteca de imagens GIF “para evitar animações menos adequadas”.
Segundo Le Monde, que aqui citamos:
“A aplicação distingue-se também pelo seu processo de inscrição: uma nova conta só pode ser criada por um adulto já inscrito no Facebook. A Messenger Kids ‘confere mais controlo aos pais’, como explica o responsável pelo produto, Loren Cheng. As crianças não podem, por exemplo, acrescentar contactos ou aceitar pedidos externos. Terão de ser os pais a fazê-lo. Mas estes não poderão ler, à distância, as conversas dos seus filhos.” (...)
“A aplicação suscita polémica desde o lançamento. ‘Por que devem os pais confiar que o Facebook vai agir no interesse dos seus filhos?’ - interroga-se Jim Steyer, director da organização Common Sense Media? ‘Não é possível saber o que eles vão fazer mais tarde com os dados que recolhem’ - acrescenta Kristen Strader, do think tank Public Citizen. No dia 7 de Dezembro, dois senadores democratas enviaram uma mensagem à empresa para lhe darem conta das suas preocupações e pedirem mais pormenores.”
Quanto à YouTube Kids, da Google, tem sido objecto de queixas apresentadas à Federal Trade Commission, a agência federal responsável pelas questões do consumo: “Há associações que a criticam, nomeadamente por ter difundido vídeos criados pela McDonalds ou a Coca-Cola, sem os apresentar claramento como publicidade.” (...)
“O potencial é imenso, agora que as audiências das cadeias de televisão especializadas estão em grande recuo. Mais de 40% por jovens dos sete aos doze anos, nos Estados Unidos, vêem vários vídeos todos os dias na plataforma da Google. Em Agosto, ela assinou um contrato com a Mattel, fabricante de brinquedos, por dezenas de milhões de dólares.” (...)
Mais informação em Le Monde e OpenSolutions, que cita a Exame Informática