Ainda assim, os investigadores consideram que este jornal merece algum mérito, já que assinalou as consequências da pandemia na saúde mental, apresentando dados sobre os principais sectores da sociedade afectados por este cenário.


Por outro lado, em 23 de Dezembro, o “Globo” publicou uma peça sobre a falta de apoio da psiquiatria infantil. No entanto --de acordo com os responsáveis pelo estudo -- este artigo apresentou poucos dados estatísticos.


No caso do “Brasil de Fato”, embora tenham sido publicadas peças sobre a “luta anti-manicómios”, estas não apresentavam relatos em primeira mão.


O “Nexo” merece, por sua vez, um destaque positivo, já que,  ao longo do mês de Dezembro, publicou uma série de reportagens sobre a temática de esgotamento mental.


Posto isto, apesar de os especialistas considerarem que todos os jornais foram eficazes na humanização das reportagens, assinalaram, por outro lado, falhas ao nível das desigualdades e de outros factores sociais.


Assim, os autores consideram que a imprensa brasileira deve, agora, reforçar a cobertura sobre a saúde mental, focando-se no significado de determinados termos científicos e clarificando as consequências da negligência psiquiátrica para a sociedade.

 

Além disso, os investigadores consideram que os jornais brasileiros devem dar conta de todo o espectro de doenças do foro psicológico, não se cingindo à depressão e ansiedade.