O papel da investigação jornalística no reforço de uma cultura anti-corrupção
Recorda Carlos Castilho que “ o sistema financeiro mundial é hoje uma super complexa teia de subsistemas todos eles digitalizados e interconectados em tempo real, onde as negociações são instantâneas o que impede o monitoramento jurídico, já que os instrumentos legais ainda estão ancorados na era analógico-industrial. Isto cria um universo financeiro quase independente do sistema político e jurídico regido por normas legais, em sua maioria criadas antes da internet. Neste universo financeiro, a lei máxima é a da acumulação de capital, não importa a forma e nem os objectivos”.
O editor do Observatório de Imprensa escreve ainda, a certo passo, que “ a implantação de uma cultura anticorrupção exige o desenvolvimento de novos valores , atitudes e regras, onde o factor fundamental é buscar a máxima dissociação possível entre as investigações e os interesses partidários e ideológicos envolvidos na luta pelo poder. Não é um objectivo que possa ser alcançado por decreto e nem imposto de forma autoritária”.
É ao abrigo do acordo entre o Observatório de Imprensa do Brasil e o Clube Português de Imprensa que poderá ler aqui o texto integral de Carlos Castilho.